As despedidas… Hoje foi o dia!

O final do ano lectivo aproxima-se e a verdade é que com este acontecimento o trabalho aumenta também. Ora são avaliações, ora a organização da festa de final de ano, decorações, etc.

Mas o final de ano traz-me também a nostalgia. Revejo as fotos dos meus piolhos e noto o inevitável: “Credo! Cresceram tanto!”. A verdade é que os nossos meninos fazem parte das nossas vidas, eu passo com eles (com grande parte pelo menos) cinco dias por semana, cerca de sete a oito horas por dia. São também um pedacinho meus! Uma das coisas que mais me custa são as despedidas.

Aprendi com os anos a disfarçar as emoções sobretudo perante os mais pequeninos que não conseguem compreender o motivo pelo qual aquela adulta pateta está de lágrima no olho. Óbvio que me custa particularmente a despedida daqueles que saem da escola ou então custa, particularmente, quando Nós mudamos de escola.

Mas mesmo quando só existe a transição de sala, existe sempre um coração que fica bem apertadinho. Afinal de contas, eles deixam de partilhar connosco todo aquele tempo que partilhámos até então.

Ao longo de um ano lectivo, são muitos os momentos que se vivem. São birras, brincadeiras, aprendizagens (constantes), gargalhadas, quedas, sustos, medos, entre tantas outras coisas das quais é impossível desligar de um momento para o outro.
Hoje foi o dia D! O dia da festa final! E a lágrima quase que rolou! Tenho tanto orgulho nos meus meninos/as.

Por vezes pergunto-me se serei eu demasiado sentimentalista ou será esta sensação normal? Colegas por ai? Qual é a vossa sensação?

Era uma vez uma criança para todo o sempre...

Hoje é Dia Mundial da Criança! 

E para todas elas, aqui deixo um abraço recheado de carinho, um sorriso de mimo, um beijo repleto de brincadeira e um coração cheio de amor.

Em contrapartida, não consigo deixar de esquecer neste dia, todas aquelas crianças que ainda não tiveram real acesso àquilo que por lei deveriam ter. Não consigo esquecer, aquelas que, ainda hoje, não têm direito a uma família, à saúde ou sequer a um nome (...), aquelas que não têm direito a carinho. É nelas que devemos também pensar neste dia especial. Sozinhos não mudamos o Mundo mas, poderemos fazer uma pequena diferença.

No entretanto, vamos tentar ser crianças para sempre?

Como? Mantendo o sorriso inocente, a vontade de brincar, de andar ao colo, a vontade inconsciente de ter e receber mimo, um coração grande e nunca perdendo a capacidade incessante de sonhar.

A todos, crianças e adultos (aos que tiverem o Super Poder de serem crianças) um dia muito feliz.