domingo, 30 de outubro de 2016

O momento do conto


Uma vez mais, trago-vos um título recomendado pelo Plano Nacional de Leitura. Conta-nos a história do gato Leonardo, um gato preto que, descobre ao ler A Enciclopédia das Bruxas, que estas adoram gatos pretos. É aqui que começa a busca de Leonardo para encontrar uma bruxa mas, tem um problema, nunca vira uma antes. Portanto, por cada vez que encontra uma pessoa na rua com alguma característica das bruxas da enciclopédia pergunta: “Desculpa… Por acaso és uma bruxa?”. Será que acerta? A resposta será encontrada através da leitura do livro. Li-o na sala a crianças dos 3 aos 5 anos e adoraram.
Um livro de Emily Horn, excelente para o mês de outubro, mês de Halloween.

Reacções? O que acharam?

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Pontualidade!

Porque estamos no início do ano lectivo, falemos, então, de pontualidade.

Parece-vos importante que os pequenitos cheguem pontualmente à escola?


A pontualidade deverá ser regra desde a idade pré-escolar, pois evita, sobretudo, a interrupção das rotinas dos colegas e dos educadores. A falta de pontualidade poderá afectar também a própria criança, que, por vezes, se sente deslocada quando chega à escola e os amigos já estão em actividades de mesa ou até a almoçar.

Enquanto educadora, alerto sempre os pais para as consequências dos atrasos: a perda de momentos de brincadeira que antecedem o início do trabalho diário, bem como a introdução de novos temas ou actividades. Com a agravante de interromperem, de algum modo, a rotina das crianças que já estão a "trabalhar".

A partir do momento em que os pais decidem ou tem necessidade de colocar os seus pequeninos na escola, deverão tomar consciência que existirão novas regras e responsabilizar-se pelo seu cumprimento. Como adultos devemos dar o exemplo, ou seja, como diz o velho ditado, de pequenino é que se torce o pepino.

Obviamente que nós tentamos ser flexiveis, contudo, existem sempre casos que ultrapassam o limite aceitável. Os atrasos pontuais são aceitáveis, existem mil e um motivos que poderão justificá-los, contudo, tal como acontece nos empregos em que os atrasos devem ser evitados dado o risco de despedimento, nas escolas o mesmo deve acontecer, com a diferença, claro, que nunca ninguém será excluído.

É dificil arrancar os mais pequenos da cama?
Os pais deverão reajustar a rotina das crianças de forma a facilitar o despertar.

É difícil que comam de manhã?

Acredito, mas nunca permitam que o vosso filho saia de casa sem comer. Bem sei, que há crianças que têm uma enorme dificuldade em comer logo pela manhã, mas é algo necessário. Porque a falta de alimento pode provocar outros problemas na criança, nomeadamente maior irritabilidade e falta de concentração.

Talvez vos pareça demasiado exigente ou até mesmo impertinente, no entanto, é algo que é fundamental: incutir nas crianças que as regras são para ser cumpridas. Se nós enquanto adultos não dermos o exemplo então quem o dará? Como iremos educar crianças se nós mesmos não sabemos respeitar regras ou pessoas?

Ahh!... e como devem calcular, este tema não surgiu do nada. Hoje, foi dia de passeio e, obviamente, houve atrasos. Atrasos que prejudicaram aqueles que estavam a horas, aqueles que estavam à nossa espera e que prejudicaram as próprias crianças. Uma vez mais, reitero: há atrasos que afectam os mais pequeninos: a criança anseia durante dias ir passear, no dia do passeio chega atrasada e ainda vê o autocarro a sair com todos os seus amiguinhos... Imaginam o que sente? Há que reflectir sobre o assunto.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Educar para a diferença - Parte 3

O poema que publiquei no dia 23 de agosto de 2016 é o mote para este novo texto. A lágrima da preta que António Gedeão refere não tem nada de diferente da lágrima do branco que provavelmente a analisou. Vamos então falar de racismo.
Como se sabe, o racismo não é um conceito científico, trata-se, sim, de uma tendência do pensamento humano que dá grande importância à teórica existência de raças humanas e à superioridade de umas sob as outras. Esta tendência já foi justificação para a escravidão, para genocídios, entre outras graves manifestações discriminatórias.
A importância que o Homem dá à cor da pele é preocupante!
Preocupa-me que ainda se escolha de entre as muitas cores de lápis ou canetas um cor que se denomina de “cor de pele”.
Na sociedade de hoje, ainda se dá supremacia aos “brancos”, mas será que já repararam que, pelo Mundo, encontramos pessoas castanhas, pretas, amarelas, avermelhadas, mas não encontramos NINGUÉM que seja branco? Algum de vocês que lê agora este post conhece alguém que seja realmente branco? Branco como a tinta que cobre as paredes, ou como o giz que utilizamos para escrever no quadro?
A cor que a nossa pele apresenta é determinada pela concentração e pelo tipo de melanina existente no nosso corpo. Pessoas que vivem em regiões tropicais (regiões mais quentes) e a maiores altitudes e que, por consequência, estão sob a influência de maior radiação ultravioleta têm, por norma, tons de pele mais escuros que aqueles que habitam em zonas subtropicais. 
É impressionante que, ainda nos dias de hoje, a cor da pele seja ainda uma barreira. Mais chocante ainda, que os estereótipos e os preconceitos sejam criados pelos adultos que parecem ter uma visão limitada, incoerente, completamente discriminatória e pouco liberal. 
Se observarmos crianças onde não exista pressão social para a existência de discriminação, estas lidam com as diferenças de uma forma natural, não reparam na cor da pele, na cor dos olhos ou na língua que falam. Já repararam que as crianças, mesmo que não falem a mesma língua, conseguem comunicar entre si? Resta-nos tentar compreender o porquê. Resta-nos, uma vez mais, assumir que definitivamente está na altura de mudar mentalidades.

Educar para igualdade é fundamental, mas este não é um trabalho exclusivo das escolas e isto é algo que todos os pais e familiares deverão entender. E como costumo dizer, a diferença não está na cor da pele, mas sim na personalidade de cada um. Se fossemos todos iguais que graça teria este mundo?

Não esqueçamos “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”- Bob Marley – e associado a isto haverá morte de inocentes. 

Eu acredito que juntos podemos mudar.

Mais um ano lectivo

Olá a todos,
Por motivos pessoais, estive algum tempo ausente. Mas, finalmente, estou de regresso e em força. 
Já começou o novo ano lectivo! Vamos lá, então, à "luta"!
Esta época do ano é sempre uma época de adaptação para os meninos/as e de muito trabalho para qualquer educador ou professor. Chegam novas crianças à sala: para umas é uma estreia absoluta, para outras uma nova escola (o que deixa esta educadora de coração pequenino); conhecemos novos colegas, novos pais, etc.

O tempo voa, parece que ainda ontem estávamos a participar na festa do final do ano lectivo e a entrar de férias e, agora, aqui estamos, no início de uma nova aventura.

Que venha esta nova etapa, este novo desafio! Deixemos a porta aberta dos afectos e deixemo-los criar, imaginar e serem felizes.

Bom ano lectivo!

Sentir...

Covid 19. O tema do momento e o medo que nos inunda.  Confesso que comecei por tentar levar este assunto de forma leve, tentava não dar g...