O poema que publiquei no dia 23 de agosto de 2016 é o mote para este novo texto. A lágrima da preta que António Gedeão refere não tem nada de diferente da lágrima do branco que provavelmente a analisou. Vamos então falar de racismo.
Como se sabe, o racismo não é um conceito científico, trata-se, sim, de uma tendência do pensamento humano que dá grande importância à teórica existência de raças humanas e à superioridade de umas sob as outras. Esta tendência já foi justificação para a escravidão, para genocídios, entre outras graves manifestações discriminatórias.
A importância que o Homem dá à cor da pele é preocupante!
Preocupa-me que ainda se escolha de entre as muitas cores de lápis ou canetas um cor que se denomina de “cor de pele”.
Na sociedade de hoje, ainda se dá supremacia aos “brancos”, mas será que já repararam que, pelo Mundo, encontramos pessoas castanhas, pretas, amarelas, avermelhadas, mas não encontramos NINGUÉM que seja branco? Algum de vocês que lê agora este post conhece alguém que seja realmente branco? Branco como a tinta que cobre as paredes, ou como o giz que utilizamos para escrever no quadro?
A cor que a nossa pele apresenta é determinada pela concentração e pelo tipo de melanina existente no nosso corpo. Pessoas que vivem em regiões tropicais (regiões mais quentes) e a maiores altitudes e que, por consequência, estão sob a influência de maior radiação ultravioleta têm, por norma, tons de pele mais escuros que aqueles que habitam em zonas subtropicais.
É impressionante que, ainda nos dias de hoje, a cor da pele seja ainda uma barreira. Mais chocante ainda, que os estereótipos e os preconceitos sejam criados pelos adultos que parecem ter uma visão limitada, incoerente, completamente discriminatória e pouco liberal.
Se observarmos crianças onde não exista pressão social para a existência de discriminação, estas lidam com as diferenças de uma forma natural, não reparam na cor da pele, na cor dos olhos ou na língua que falam. Já repararam que as crianças, mesmo que não falem a mesma língua, conseguem comunicar entre si? Resta-nos tentar compreender o porquê. Resta-nos, uma vez mais, assumir que definitivamente está na altura de mudar mentalidades.
Educar para igualdade é fundamental, mas este não é um trabalho exclusivo das escolas e isto é algo que todos os pais e familiares deverão entender. E como costumo dizer, a diferença não está na cor da pele, mas sim na personalidade de cada um. Se fossemos todos iguais que graça teria este mundo?
Não esqueçamos “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”- Bob Marley – e associado a isto haverá morte de inocentes.
Eu acredito que juntos podemos mudar.
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