segunda-feira, 28 de novembro de 2016

STOP!

Hoje trago-vos um desabafo sobre um tema pessoal, íntimo. Falo-vos da pressão para engravidar e no quão esta pode ser inconveniente e nociva para quem a sente.


Antes de perguntarem a qualquer mulher o porquê de não ter engravidado, questionem-se em relação às condições emocionais, financeiras e psicológicas da pessoa questionada. Hoje em dia e graças à crescente emancipação da mulher, estas acabam por deixar a maternidade para mais tarde. Eu sou uma dessas mulheres, que tem vindo a adiar a ideia não apenas por questões profissionais, como também físicas, emocionais e psicológicas. A verdade é que tenho enfrentado alguns dissabores: após duas cirurgias ao peito e uma ao útero, engravidei...quando tudo indicava que teria dificuldades para tal. Fiquei gravida e, perante a incredibilidade e a felicidade, descobri que se tratava de uma gravidez ectópica. Como devem calcular fui obrigada a passar pela terrível experiência de perder um filho, facto que, até hoje, não consegui ultrapassar.

Quando as pessoas nos questionam, usam frases feitas como: “Olha que te vais arrepender!”; Já está na altura! Vais adorar ser mãe!”; até já ouvi “Estás a ser egoísta!”, etc.

Vou-me arrepender porquê? Sei que tenho problemas de saúde que poderão dificultar-me a possibilidade de engravidar, mas a verdade é que depois da cirurgia ao útero, contra todas as expectativas médicas, engravidei.

Já está na altura? Porquê? Aos 28 anos já se é velha? Ou irei arrepender-me de não ter um filho para cuidar de mim quando estiver velhota? Se é isso, porque são raros os filhos que o fazem?

Será que sou mesmo egoísta ao assumir que não tenho condições para criar uma criança e que o gostar não é suficiente. 

Gente !!! Estão a tornar-se demasiado previsíveis! Começam pelo clássico “Então quando te casas?” e depois do casamento, sempre que olham para nós parece que o nosso único dever é engravidar. Antes de abordar um assunto desta natureza, íntima, deverão avaliar e ter bom senso porque poderão estar a tocar no assunto que causa imensa infelicidade à questionada. Por favor, tentem antes de fazer a pergunta “Então! Para quando um bebé?” ou algo assim do género, ter a noção de que, pelo mundo for,a existem muitos casais que se debatem diariamente com grandes dificuldades financeiras, problemas de infertilidade ou que, simplesmente, não querem ter filhos e isso tem de ser respeitado. 

Pode acontecer a questionada estar nos primeiros meses de gravidez e, por isso, quando confrontada ficar constrangida, por não querer anunciar, por ainda ser algo só seu.

Por algum tempo, eu fui uma destas mulheres, primeiro grávida e depois na fase do aborto. Não quis falar sobre o assunto, não queria que se soubesse, era um momento meu e do meu marido, que nem toda a gente soube respeitar. Nem toda a gente entendeu a minha escolha, o facto de querer esconder. Perder um bebé, sobretudo quando desejado, é sempre algo doloroso. Faz este mês três anos e não esqueço.

Por tudo isto e, certamente, mais: STOP! Parem de questionar! Por mais que desejem ver alguém que lhes é querido grávida não se esqueçam da velha máxima: o que tiver de acontecer acontecerá! 




quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Dar asas à imaginação - o Natal está a chegar

Hoje deixo-vos algumas ideias para ocupar algumas tardes de fim-de-semana com os mais pequeninos. Bem sei, que os dias têm sido de sol mas para os dias chuvosos e frios que estejam a chegar estas são algumas hipóteses de trabalhos para fazer com os mais pequenos. Todas estas ideias foram retiradas da internet.











segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Dar asas à imaginação - Magusto

Trabalhinhos quentinhos... 
Hoje, trago-vos alguns trabalhos sobre o Magusto. Por vezes, e sobretudo durante o Outono e o Inverno as ideias escasseiam e estas são actividades que qualquer um poderá fazer em casa.






Materiais necessários: Cartolinas, folhas brancas, olhos de plástico, canetas de feltro, fios de lã, tintas, cola, tesoura, folhas secas

sábado, 12 de novembro de 2016

Um pedacinho de mim


São eles que me permitem sonhar...

A maior parte do meu tempo é passado no trabalho, no meio dos meus pequenos piratas e das minhas belas princesas. Gosto particularmente de ver os meus pestinhas a brincar livremente. Gosto de os ver a criar as próprias brincadeiras. Vejo-os criar piscinas no ar ou campos de futebol num espaço super reduzido. Os pequenos recantos da sala transformam-se em luxuosos cabeleireiros com manicures muito profissionais que de vez enquando também são massagistas. E eu? Eu sou a rainha de todo espaço, sou penteada, alimentada vezes sem conta, faço anos, por vezes, quatro vezes por dia, fazem-me as unhas, recebo massagens... e puft tornei-me perfeita. E como isso me relaxa. Sinto-me tão tranquila quando os vejo livres e quando me permito ser livre com eles.

Quando era criança acreditava que vivia num mundo cheio de fantasia. Vejo esse mundo nos meus piolhos e compreendo-o. Eles tornam-se super heróis e, de facto, tornam-se incríveis. Claro que depois estes pequenos super heróis trazem-me algumas dores de cabeça, lá surge o murro e o pontapé no ar que, às vezes, só mesmo às vezes, acaba por acertar e magoar algum mais distraído. E lá vou eu, tiro a minha capa de rainha e transformo-me em bruxa. BAHHHH e como eu detesto ser bruxa. Mas, tem de ser, repreendo-os! Cenas de pancadaria é que não. Magoar os outros é que não. Mas no fim de contas, eles só estavam a brincar. E no mundo da fantasia não há limites!

Tenho a estranha sensação de que hoje em dia, a infância passa rápido demais. E, por isso mesmo, deixo-os brincar. Os meus meninos têm rotinas e sabem, desde muito pequeno,s que há momentos para tudo, momentos de brincadeira e de trabalho, sendo que, muitos destes trabalhos/ aprendizagens são feitas também elas a brincar.

Só uma brincadeira não lhes é permitida, brincar com ARMAS. Armas não entram na minha sala, nem mesmo as imaginárias. As armas são objectos associados à agressividade, à morte e quero que percebam desde cedo que as armas não são objectos de brincadeira.

Pancadaria? Nunca! Bater é igual a repreensão na certa. Ensino-lhes que não é assim que se comunica.

De resto, quase tudo é permitido. Brinquem, brinquem muito e deixem-me brincar com vocês. Tenho das profissões mais esgotantes do planeta (porque é) mas, a verdade é que estes momentos que me levam à minha infância me permitem ser feliz.

Imagino-me ali, imagino-me com as idades deles e só ali, no meio deles, recupero por momentos a magia da infância. Canto com eles musicas que cantava, fazemos jogos que jogava, sonho como dantes sonhava.



Sou grata. Muito grata por esta profissão me permitir fugir, mesmo que por momentos, da realidade e simplesmente ser rainha. Rainha do meu reino que mesmo que pequenino é gigante no meu coração!. Gosto das minhas princesas, das minhas pequenas guerreiras, gosto das minha cabeleireiras, dos meus heróis, dos meus piratas, dos meus príncipes, gosto deles simplesmente porque sim. E sei que mesmo quando estou em modo bruxa má, eles também gostam de mim. E isso vale tudo!


terça-feira, 1 de novembro de 2016

Halloween vs Pão por Deus

Nos últimos dias muito se fala do Halloween/ Dia das Bruxas aliás basta irmos a um supermercado e o dia das bruxas faz-se notar. A verdade é que esta é uma tradição que “roubámos” a países anglo-saxonicos. As crianças mascaram-se durante a noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro e batendo de porta em porta pedem doce ou travessura.
Mas, como sou portuguesa, quero recordar-vos da nossa tradição: O Pão por Deus.
No dia 1 de Novembro, dia de todos os santos (que agora voltou a ser feriado), as crianças saem/ou saiam à rua em pequenos grupos para pedir o Pão por Deus. Antigamente, eram oferecidas bolachas, bolinhos, frutos secos ou por vezes até nos calhava uma moedita. Hoje, a tradição foi substituída pelo açúcar, ou seja, dão-se doces e de vez enquanto lá calham as tão "desejadas" moeditas. Pesquisei em alguns lugares para tentar perceber de onde vinha esta tradição do Pão por Deus, e a verdade é que as “lendas” variam consoante a zona do país. Diz-se por ai, que nas redondezas de Lisboa esta tradição teve inicio após o terramoto de 1755, altura em que muitos ficaram sem qualquer tipo de bens e viram-se obrigados a bater de porta em porta pedindo Pão por Deus.


Independentemente da sua origem, esta é a nossa tradição não a podemos deixar morrer.

Sentir...

Covid 19. O tema do momento e o medo que nos inunda.  Confesso que comecei por tentar levar este assunto de forma leve, tentava não dar g...